Minha boca já não fala mais, emudece
Minha voz obedece seus comandos, e me calo...
Se algum poder eu tinha, me abandona...,
enfraqueço
Em conseqüência se agiganta em seu meio,
te fortaleço...
Diante do seu poder, a voz me falta e eu..., só escuto.
Os poderes que detêm, em cada departamento
Cada chefe opressor, até mesmo diretor
Que se fecha aos lamentos, de todo subordinado
Sem tomar conhecimento, das razões de cada um...
E nos dias de amarguras, que muita gente carrega...
Na humilhação de ter, que ouvir sem merecer
Escutar sem que a razão, lhe faça abrir a boca
Numa vontade tão louca..., mas só lhe resta calar,
Responder não tem direito, sua função não permite
É tão pequena e só faz, que lhe convençam no GRITO...
Mas o dia vai chegar, e talvez não seja aqui
Que aquele que oprimiu, não ocupará lugar, nem espaço prá chorar...
Então saberá o valor, de toda lágrima sentida
E quando quiser grita, a dor que sufoca o peito
Tenham, todos a certeza, como aos outros aconteceu..., a voz não será ouvida...
Texto poema de desabafo de não apenas um poeta mas, um homem que sente e vive a dor das injustiças sociais que parecem não terem fim diante da cegueira dos detentores de toda forma de poder que os deixam surdos-mudos diante dos lamentos e das razões dos pobres e injustiçados...
Os menores não fazem mais que jogar “palavras ao vento”, quando falam !!!.
Abra a mão e perceba nela a disposição dos dedos na intenção de doar, entregar..., eles se estendem em direção ao próximo..., é caridade !.
Feche a mão e perceba a direção dos seus dedos que se voltam para sí..., como que numa atitude egoísta..., pense nisso !!!.
Lindo texto! Sensível, como deve ser a alma do poeta em desabafo... Real, como o canto dos pássaros em sua pretensão de se fazer escutar em cada canto da imensidão das florestas... Acredito que os poetas, assim como os pássaros, com a sua natural pureza, cumprem uma missão universal: cantar e encantar... e, quem sabe... se fazerem ouvir no coração de alguém...
ResponderExcluirBeijos,
Sílvia Mota.