sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Ninguém... ( Mendigo )

Sem destino leve e solto vou seguindo,
Sem futuro e sem ter lugar seguro
Aos olhares não sou mais que vagabundo,
Sou boêmio, sou ninguém e só no mundo...

Pelo mundo sou apenas passageiro
Viajante, andarilho, qualquer coisa
Sou sujeira, sou besteira, sou teu asco,
Mas não ligo seus valores não são meus...

Nada importa, nada busco no caminho
Sou assim, acostumado a ser sozinho
Para muitos não sou mais que uma desgraça...
E assim eu vou seguindo meu caminho
Deste jeito, de quem quer seguir sozinho

Uma coisa eu garanto prá vocês
Que criticam e que julgam ao me ver...
Não existe melhor coisa do que ter
Garantida a Liberdade de viver...

Sou a sobra e das sobras vou vivendo
Qualquer canto me encosto, vou vivendo
E se um dia o meu corpo desfalecer
Gélido, pálido, num canto qualquer
Noticie, diga à todos que morri
No chão frio, descoberto e congelado
Só não diga por favor "alguém morreu"
Pois esse alguém não seria eu
Pois o mundo somente me conheceu
Como ninguém, e esse ninguém, MORREU ...

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